Depois de um tempo nesta "nova vida",
-que insiste em dizer que é a minha-
Eu, ainda, não me sinto completa como pensei que me sentiria
Confesso, agora vejo o mundo não apenas com flores, mas também com canhões
Por um lado é bom me faz sentir racional,
-Mas por que bulhufas eu desejo ser racional?-
O idealismo está tomando seu lugar,
Mas não pense que cai na conformidade,
Mesmo pesada, mesmo com dúvidas, eu luto!
Ás vezes a menina se sente tão flacida.
O lado estranho dos humanos a atormenta
Ela sabe que não cabe neste mundo
Por isso ela vem visitar-me
Para que eu volte a brincar com ela
Para que eu volte acreditar em tudo.
As vezes o cotidiano me faz colocá-la ao fundo,
Mas ela quer transparecer
Quer ser visível em mim
Antes, quando conversavamos era tão mais fácil
Eu não chorava,
Eu não tinha medo,
Ela morava em mim
Ela pensava comigo
Mas, agora, que ela está tão distante
Ela aparece em espiríto
Não sei se continua pura como antes
Mas sei que quer estar em mim, como antes,
Mas se num corpo cabe apenas um espirito
Se ela esteve em mim e agora está distante
O que aconteceu?
Eu estou sem espírito?
Ou há outro espirito em mim?
Talvez seja esta a resposta para a suposta "nova vida"
Retornarei eu a ter espirito de menina
Com corpo de pomba-gira?
Não sei se posso... O mundo mudou tanto,
Eu desejo ser a menina, ter o espírito de menina, todos os dias
Mas o véu da racionalidade rasgou-se
E agora posso ver de maneira materialista
E a minha existencia confronta-se com minha essência...
Ah, tudo eh tão relativo...
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
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