terça-feira, 16 de março de 2010

Malandro? malandro!

Quem sabe o que há por traz deste adjetivo que muito limita o que realmente significa?

O via todas as noites nos bares
Em umas assistindo o futebol com os amigos,
Na outra tocando o violão, de olho na nega
Sempre bebendo e sempre com um samba na ponta da língua.

Aquele gingado de não sabe para onde está indo,
Mas sabe que está bem.
Não se preoucupa com o que virá. Ou com o que não tem,
Sabe que dos maiores males ele deixa o chapéu feito com palha,
E tudo se resolve.

Malandro, malandro,
Que traz o sorriso na boca e o lenço no pescoço
Ama todas as mulheres em uma só noite.

Malandro que Getúlio tentou esconder,
Mas que no morro encontrou espaço para ser o que é.

Herança dada por aqueles que "concederam" a liberdade
E os ignoraram na sociedade.
Não quer lembrar de um passado massacrante
Só querem a ginga, o samba, e o modo de vida ao qual escolheram.

Construção

Essa vontade de experimentar os sabores da vida, um dia ainda irá me matar.
São tantas as coisas não descobertas,
O fedor do presente e a ilusão do passado.

O espirito pede para que eu busque a paz,
mas eu provoco o conflito, as confusões.
Como consequencia a alma fica pertubada.
E eu rica de ideias e informações, fico na espreita.

Por que sei que a realidade é muito pequena
Perto da vastidão da mente e do mundo...
Não reclamo de estar sozinha, por que sei que nunca estou sozinha
É isso que temo: as companhias fora da realidade convencional
mas talvez eu tema por ter crescido neste tipo de pensamento.

Afinal quem sou eu para me limitar em apenas um plano?

Espero que um dia eu seja alguma coisa.
Porque cada dia construo mais e mais e não que destino isto dará