terça-feira, 26 de outubro de 2010

Uma madrugada qualquer

O café não faz o mesmo efeito

Nem a ausencia de sono me fazer escrever como antes.

Talvez porque a angustia não tem perturbado as esquinas dos meus pensamentos

E nem o medo, me assombrado.

Talvez eu esteja dedicada muito no plano político e material

Que a minha subjetividade não se excita o suficiente para aparecer neste plano.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Poeta morto

O poeta bom pra mim é o morto.

Porque eu não quero saber dele,

Eu quero saber do que ele escreve,

Quero saber até que o ponto a subjetividade de sua escrita é compativel com a minha.

Até que ponto ela é divina,

Até que ponto é criativa...

Não estou interessada em discutir seus poemas

Nem duvidar do escreve...

Julgá-lo capaz ou incapaz

Quero que ele continue em oculto me inspirando

Me fazendo pensar...

Mas que não fale nada diretamente,

Os poetas não são atraentes,

São ideológicos,

E querem ficar falando de suas vidas...

O poeta perfeito é o que escreve e não fala.

Adoro um poeta morto.

Modernidade

Essa máquina é tão fria

Que chega a brochar qualquer inspiração poemática que eu tenha

Quando assento-me na no colchão do chão do meu quarto

Pego um papel velho e uma caneta com a ponta estourada

As coisas fluem

É como se o céu se abrisse e disesse vem conhecer o oculto.

É como se o diabo sorrice pra mim.

É no papel velho e na caneta estourada que a alma escorre

E não nessa máquina estereotipada.