quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Aline

Aline é uma menina que sonha
Ter uma grande garganta

Para isso ela dança
Para isso ela desenha

Ela canta.

Para isso se empenha
Para isso se faz de criança

Pára isso!

Que poema postiço...

Aline só quer ser lida.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Uma madrugada qualquer

O café não faz o mesmo efeito

Nem a ausencia de sono me fazer escrever como antes.

Talvez porque a angustia não tem perturbado as esquinas dos meus pensamentos

E nem o medo, me assombrado.

Talvez eu esteja dedicada muito no plano político e material

Que a minha subjetividade não se excita o suficiente para aparecer neste plano.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Poeta morto

O poeta bom pra mim é o morto.

Porque eu não quero saber dele,

Eu quero saber do que ele escreve,

Quero saber até que o ponto a subjetividade de sua escrita é compativel com a minha.

Até que ponto ela é divina,

Até que ponto é criativa...

Não estou interessada em discutir seus poemas

Nem duvidar do escreve...

Julgá-lo capaz ou incapaz

Quero que ele continue em oculto me inspirando

Me fazendo pensar...

Mas que não fale nada diretamente,

Os poetas não são atraentes,

São ideológicos,

E querem ficar falando de suas vidas...

O poeta perfeito é o que escreve e não fala.

Adoro um poeta morto.

Modernidade

Essa máquina é tão fria

Que chega a brochar qualquer inspiração poemática que eu tenha

Quando assento-me na no colchão do chão do meu quarto

Pego um papel velho e uma caneta com a ponta estourada

As coisas fluem

É como se o céu se abrisse e disesse vem conhecer o oculto.

É como se o diabo sorrice pra mim.

É no papel velho e na caneta estourada que a alma escorre

E não nessa máquina estereotipada.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Poema animal!

Mas que diabo de vida é essa minha?
Pensa, discute, lê,
Pensa, escreve e imagina

Isso é culpa da razão.
Por que se eu fosse animal
Quereria viver só de sexo.

Ofício do historiador

Toda história é política
Os políticos contam estórias
Os historiadores escrevem a história, seja encomendada pelos políticos
Ou por ideologia.

Os historiadores acham que são intelectuais
E sempre pensam que a sua linha de pesquisa é mais importante que a dos outros.

Pobres mortais,
Não sabem que a vida, e a historia são feitas como Diabo quer.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Poema Grego

O mar chamou lhe nos seus sonhos
A alma do pobre rapaz chorou sua presença
Por que era lá que o seu ciclo se completava
Era lá mesmo sendo um cativo,
Que a liberdade lhe sorria,
Mesmo que por poucos segundos parecia eterna e imiscível

O rapaz queria que sua alma mergulhasse no infinito dela mesma
Se perder na própria essência
Quando o azul do céu e o azul do mar se completavam
Eram inseparáveis, era ali que mais um ciclo se fechava.
Como se urano e gaia continuassem juntos
Tinha ânsia de receber seus saborosos beijos
De compartilhar seu sofrimento, sacrificando-lhe os olhos

Imaginava a fertilidade de cronos ser jogada ao mar
E como sacrifício colher Afrodite com seu abraço.

E sonhando, o pobre, não sabia que sonhava
Boiava sobre a sublimes águas
Sua alma subia ao Olimpo...

Ao amanhecer seus olhos não mais abriram
Seus pais chamaram os amigos e as encomendas
O menino não abria olhos, mas sua boca não se fechava

A beleza e a plenitude encontradas foram tantas
Que o rapaz em sua humanidade morreu encantado.