quinta-feira, 20 de maio de 2010

Moderno

Arte e sexo.

Sexo é arte?

Arte é sexo!

Resposta à um desconhecido

Ah, como eu queria

Alimentar-me desse alimento


Todos os dias

Como eu queria escorregar pelas palavras

E desenbocar nas sinfonias


Não que eu as procure

Mas elas dançam em minha cabeça

Como a dança do sistema solar

Que o sol atrae com sua luz


E essa luz que por vezes nos cega

Nos acompanha, porque se não existir essa luz morreremos

por que mais forte é a angustia do silencio

Do que a angustia de ver demais



Essa luz ainda matará a minha vida biológica

Mas meu espírito se elevará

para o infinito.


Infinito que eu temo.


Mas é no infinito que seremos livres.



Rodar os submundos,

Rodar os sonhos, o surrealismo.

Rodar o nada. O tudo.



Não sei quem sou,

Nem sei quem é.

Alias nem sem por que estou fazendo essa pintura mal feita.


Talvez por que eu sinta,

porque eu viva,

Ou porque vc fez cocegas no meu espirito.


E agora expiro esses fragmentos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Curitiba




Aquelas longicuas e geometricas paredes não apresentaram frieza.

Ao contrário se manifestavam e vida.

As cores, as formas, os sentidos.

Éh, brincava com nossos sentidos.



É um lugar alegre.

Diferente dos museus que eu costumava a frequentar,

Que mostrava tudo triste, morto.

Ali em cada passo, mostrava a respiracão, a fala,

O desespero, o medo, o sexo.

Em cada corredor a curiosidade do que iria se manifestar.


Era a Arte, a História, a Arquitetura, a Música,

Se misturam no calderão ao qual Niemayer nos dava de beber.


Uns jogavam futebol Americano, embora os meninos lhe dessem outro nome,

Outros tocavam violão.

Lacos de amizade manifestados em risos, pique-niques.


E nós simplemente amávamos,

Na saída do olho via o céu desaguar,

Se não o fosse, não seria outono em Curitiba.

Embora o locus fosse melancólico, ali nada o foi.

Mulher ao espelho?

O espelho desperta a imagem retorcida

Retorcida de vida, dos sentimentos.

O espelho não é algo que manifesta a alma,

Ele manifesta a face, o corpo.

Que talvez possam ser reflexos da alma.


Olhar-se diante do espelho é conhecer a si próprio,

Seus vícios e suas virtudes.

É explorar as possibilidades, o silencio.

É escutar o que diz a si mesmo.

É olhar, pensar e escolher.

Não é o espelho que retorce a vida,

São as pessoas que retorcem o espelho.

Os espelhos seriam melhores,

Se a luz fosse mais forte.

Malandro

Por que esses homens malandros me atraem tanto?

Esses que usam perfumes baratos. Que os identifica.

Esses homens que tocam na noite

Que amam todas as mulheres.

Por que me seduzem com apenas um sorriso?

Ah, homens malandros que farão me apaixonar,

E depois irão viver suas boemías

Esses homens que vivem a vagar pelos bares da cidade,

Entregando versos e ofertando amor

Homens malandros, malandros homens

Por que essa subversividade me atrai tanto?

Lembro-me daqueles poetas noturnos,

Eu me colocava naquelas tavernas...

Queria seguir o malandro

Largar tudo e viver na malandragem.