Sabe, conheci uma bailarina que tinha olhos inocentes, um sorriso de criança e que acreditava que todas as coisas fossem possiveis de ser alcançadas. Estava determinada a buscar seu sonho a que preço fosse. Ela almejava o mundo academico. Era louca para pesquisar sair a campo, lutou e conseguiu, ingressou na Universidade. Mas ela não possuia apenas um sonho, essa menina é composta por sonhos, então todos os dias ela os buscava para que de alguma forma todos os dias ela alcançasse um para que construisse sua felicidade.
Ela não falava muito, mas um de seus maiores sonhos eram encontrar um amor, um amor pra vida. Em seus versos sempre buscava alguem que ela amasse de verdade, que pudesse largar tudo por ele. Talvez tenha lido muito Alvares de Azevedo, estava cautelosa para não deixar o amor da vida dela passar em branco. Ela faria de tudo se ela o encontrasse, se soubesse que ele existiria. Esta menina sempre acreditou naquele amor que se pega na mão, corre no campo em meio as flores, que percebe as estrelas, e o crepusculo.
Em meio algumas conversas na Universidade, e todas as mudanças que estavam acontecendo, ela conheceu alguns vizinhos. Foram até simpáticos e sairam na quinta feira numa festa dessas de começo de ano, que todos os Universitários vão. Ela pra variar já estava bebada. Dançou com um dos vizinhos, só por dançar. Ela gostava. Ele convidou-a para tomar um ar, ela aceitou, não imaginava que existia algo atras daquele convite. Ele quis beija-la, ela negou. Não queria beijar ele e nem ninguém. Tinha que parar de beijar os menininhos por que numa cidade pequena mosquito vira gente. No sábado ele foi tomar tererê lá na casa dela. E foi onde tudo começou. Ela se envolveu em uma conversa, em uma conversa que a conquistou a tal ponto que revelou suas anotações mais preciosas, uma conversa que acabou em um beijo. Em vários beijos que não poderiam ter acontecido, por que o amor dele era proibido.
Ela gostou da conversa dele. Começou a estudar alemão, aprender geografia. Os dias foram se passando ela subia até o apartamento, mas não era mais pra estudar alemão, mas era pra beijar ele. Em meio as aulas em meio aos beijos ele dizia: Ich möcht du (jetzt), ela sorria com aquele olhar inocente e balançava a cabeça. Sabia que amor como o dele era dificil.
Numa noite contou sobre o que pensavam dela, ela ficou chateada, chorou muito. Mas naquele momento conquistou a confiança dela. Ele se mostrou atensioso, gentil e sincero.
Outro dia foram em uma festa fazia cinco dias que estavam ficando, eles não se pegaram na mão, embora ela estivesse morrendo de vontade. Dançaram e beberam a noite inteira, se divertiram muito. Ela embriagou-se, e ele trouxe ela nos braços. Ele e uma amiga deram um banho gelado nela. Ela gritava de frio. Apenas tiraram a sua blusa, e ela morreu de vergonha, mesmo bebada. Dormiu ali mesmo na casa dele. Na cama dele, ao lado dele. Sem fazer nada, bem que houvesse uma confissão no dia seguinte de desejos por parte dele. Mas ela era pura, bem que quisesse não queria. Ás vezes pensava, as vezes desejava. Até havia comprado duas "lingeris", mas não sabia. Não se imaginava. Tudo era tão novo.
No dia seguinte inventou uma história de fazer um chá e tal. Embora não planejasse nada para depois do jantar, ela vestiu um dos conjuntos (um conjunto sensual, pelo menos ela pensou que fosse, ela não entendia muito sobre isso mesmo). O jantar não foi como esperava. E ele percebendo-o tentou alegrá-la. Ela começou a beber, beber e beber.Encostou-se no sofá, ele jogava truco. Ele olhou para ela e disse: - Vamos dormir? Ela disse sim, estava com sono, não imaginaria o que poderia acontecer.Já estava bebada, irracional.
Eles se envolveram como nunca houveram se envolvido antes. Não foi nada magico, mas foi bebada como tinha imaginado que fosse, com dor, com medo. Levantou para vomitar.Oh! quão ilária é a vida! Nada romântico. Ela era muito tímida não seria capaz, racionalmente. Além de existri uma forte ideia religiosa naquela cabecinha.
No outro dia ele perguntou se foi como ela esperava, se tinha gostado. Ela disse-lhe mais por vergonha do que por verdade que não lembrava que estava bebada. Ele disse: Quer que eu refresque sua memória? Ela aceitou, em plena tarde. Não foi muito diferente da outra vez. Ela era muito tímida. Depois daquele momento eles passaram muito tempo juntos. Ele muito carinhoso com ela. Ela estava insegura com as coisas que tinham acontecido a noite e a tarde, estava preocupada, com medo, sentia dores (talvez fosse psicologico), ele permaneceu todo o tempo do lado dela. Ela fez as unhas dele, e ele hidratou os cabelos dela. Uma ótima relação. Ele tinha algo no dedo que a desagradava, e ele tirou-a. Tirou-a de uma forma como se não mais queria, largou do lado, mas olhou como que havia valido a pena, como quem sentisse muito. Olhou-a e mostrou a ela. Ela viu o tempo... Aparentemente ele tinha colocado em qualquer lugar não dando muito valor. Ela até pensou em jogar fora, mas não achou justo. Deveria ser uma escolha e não uma obrigação.
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